Na Intelac, Célia Agostinho, “human resources commercial manager”, vê a escassez de talento «efetivamente como uma realidade em Portugal, aliada a um nível de desemprego quase histórico [refere aqui 6,6%]. E explica: «Assistimos a uma trilogia de uma crescente lacuna de competências no nosso país, a um incremento de ofertas de emprego sem respostas porque basicamente não existem candidatos com o nível de experiência/ conhecimentos necessários e, por exemplo, a baixa taxa de desemprego; atingimos desta forma uma mistura explosiva, se assim se pode afirmar. O Grupo Intelac procura dar resposta a todas as solicitações dos seus clientes, contudo existem determinados perfis, como por exemplo no caso da indústria metalomecânica, em que se avançarmos com salários pouco apelativos torna-se uma tarefa quase inglória, mas não impossível. Não podemos descurar este panorama, é uma realidade a que assistimos, de emigração de talentos em áreas chave para a economia portuguesa.»
Mais: «Alguns dos sectores com um nível de dificuldade em reter estão sem dúvida no âmbito da referida metalomecânica e da manutenção industrial, assim como na indústria de uma forma geral, principalmente quando as condições salariais são baixas e pouco atrativas. A rotatividade neste tipo de funções é elevada e facilmente os colaboradores mudam por uma ligeira diferença, até porque têm a noção de que se a mudança não correr bem há ofertas no mercado disponíveis.»
in Revista Human, Setembro/ Outubro 2019
Célia Agostinho
RH Commercial Manager