Para assegurar a competitividade do negócio, reinventámo-nos, pois a pandemia foi um grande teste para as empresas. Tudo foi possível alinhando estratégias e estimulando ideias e partilhas entre a equipa interna.

Investimos em mais plataformas digitais, para uma resposta mais célere aos clientes. Acompanhamo-los com maior regularidade mesmo com distanciamento social, tornámo-nos mais próximos e intervimos nas ações de formação (uma mais-valia enquanto serviço) que preparam o desenvolvimento dos colaboradores temporários neste contexto e a sua capacitação para o regresso à normalidade.

Um dos grandes desafios é encontrar as pessoas para os diversos sectores: Construção Civil, Agricultura, Indústria, Hotelaria, etc.

Houve desinvestimento nos cursos de formação, pois há poucos formandos e os jovens que terminam a formação académica não se sentem motivados para áreas como estas. Isto traz constrangimentos, porque precisamos de reter pessoas para estes mercados.

Não estamos a conseguir atrair a imigração, porque continuamos a ter uma discrepância muito grande em termos salariais e de nível de vida em relação a outros países.

Os pedidos mais significativos e desafiantes têm sido a triagem, a avaliação e a formação dos perfis e a realização dos testes Covid num curto espaço de tempo.

Destaco nas propostas ao mercado as parcerias com várias entidades (formadoras e universidades). É uma solução integrada que promove o desenvolvimento local através de formação, empregabilidade e suporte.

Refiro ainda o caso de um cliente de indústria que tem sido um sucesso através da proximidade e da parceria. Um dos nossos técnicos de recrutamento desloca-se um dia por semana ao cliente para a realização de entrevistas, de forma a desenvolver uma maior interação com os candidatos para prepará-los e capacitá-los para o regresso à dita normalidade. Uma vez que a dificuldade existe em contratar e recrutar pessoas, a nossa principal função é fazer-lhes sentir que são bem acolhidas, para reter aquelas que têm um desempenho exemplar nos clientes. Só é possível  fidelizar clientes e candidatos se conseguimos criar laços emocionais que não são fáceis de desenvolver nas plataformas digitais.

in Revista Human, Março/Abril 2022

 

Assunção Couchinho

Diretora de Grandes Contas

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