O tecido empresarial português assim como tantos outros a nível internacional enfrentam nos dias de hoje uma crise significativa tendo por base o período pandémico que ainda vivemos com a consequente redução da atividade económica e produtiva. Deparámo-nos com o encerramento ou interrupção de funcionamento de várias empresas com setores altamente penalizados como foi o caso da restauração, hotelaria, entre muitos outros.
Grande parte das empresas tiveram de se reorganizar, reinventar (a expressão “na ordem do dia”) e tomar as medidas necessárias para conseguirem sobreviver ou pelo menos manter uma posição na “linha de água”. O caso da implementação do teletrabalho será o exemplo mais evidente em que as empresas de consultoria, nomeadamente mas não exclusivamente informática/novas tecnologias tiveram um peso fulcral para este desenvolvimento sustentado e acompanhamento das necessidades do negócio. As empresas multinacionais há muito que trabalham com consultoras de âmbito internacional, usufruindo desta forma das ferramentas mais adequadas a vários níveis desde os tecnológicos até ao suporte na área da saúde mental tão premente nos dias que vivemos atualmente. As empresas nacionais de uma forma geral também neste período tomaram a consciência desta necessidade e dos benefícios que podem proporcionar ao negócio a curto/médio prazo.
As consultoras nas várias áreas de atuação conseguem trazer e acrescentar valor tornando as empresas mais rentáveis e competitivas quer ao nível da redução de custos fixos, quer aumentando a qualidade de serviço proporcionada aos seus clientes internos e externos com uma óbvia visibilidade para o exterior. Nesta fase pandémica, instável e turbulenta, quem não se reinventa, adapta e arrisca não vai conseguir sobreviver neste universo de incertezas. Ao dia de hoje, em que parece que o pior já passou…continuamos com a incerteza… Será que de facto já passou?? As empresas de consultoria proporcionam ferramentas e mecanismos que otimizam o tecido empresarial visando o crescimento do negócio. Sem dúvida que uma das áreas de consultoria que registou um crescimento exponencial foi a área de IT com a necessidade premente e urgente das empresas se adaptarem a esta nova realidade de teletrabalho e toda a sua envolvência. Aliado a este facto e com a era digital a dominar cada vez mais todos os procedimentos empresariais, surge a segurança informática em que é mais uma área de atuação no âmbito da consultoria sem a qual as empresas ficarão expostas a um perigo eminente e galopante. As empresas portuguesas de uma forma genérica estão neste momento em fase de reorganização, adequação de processos produtivos com a consequente tomada de medidas de escoamento e gestão de stocks mostrando uma vez mais a adaptação a novas realidades e dinamismo adequados. Todas as áreas de consultoria que possam não ser uma mais-valia para o negócio de forma visível e constatável para as empresas, sentirão seguramente dificuldades em sobreviver. Podemos considerar também neste âmbito e em termos da Gestão de Recursos Humanos, visando alguma flexibilização e ajustamento às necessidades com os consequentes picos de negócio, a contratação em regime de outsourcing ou de trabalho temporário perspetivando a adequação às flutuações de mercado e a adaptação a novas realidades nem sempre previsíveis.
Em forma de resumo podemos evidenciar que a área de consultoria é sem dúvida uma aliada no negócio seja qual for o ramo de atividade que estejamos a considerar, quer seja tecnológico ou de recursos humanos. A consultora visa proporcionar soluções, desbravar caminhos ou munir os seus clientes de todas as ferramentas para que possam enveredar pela melhor forma de agir perante as adversidades que vão existindo ao longo do trajeto que vamos percorrendo visando atingir os melhores resultados quer financeiros quer de notoriedade e penetração do mercado.
in Revista Human Resources, Outubro 2021
Célia Agostinho
RH Commercial Manager